MINHA MALDADE ABSOLUTA

Naquele rio escoaram meus filhos

Subiram doenças e desceram curas

E vice-versa

Naquele rio fui gentil

Compadre, mastodôntico, bonachão

Naquele rio deixei minhas lembranças

Cuspi meus risos indevidos e choros senis

Minha maldade absoluta e nada do que escondi

Por vezes é só isso...

Por outras não

Mas o rio é sereno

E perene.

Caio Braga
Enviado por Caio Braga em 15/05/2020
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