Resenha da tarde
As Neves de flores do inverno/
Esparramalharam sobre o chão/
De terra batida/
Encharcados de chuva/
Que debuta na hora na cesta/
Ouve - se o silêncio versar calado/
Um sono profícuo e tranquilo/
Cuja preguiça na rede/
Não deixar a força do corpo/
Levantar a alma/
Como se o mundo/
Meio que parasse ao redor/
A água no córrego/
Que sulca o solo/
Sobre a brisa, que embala e mima/
As árvores maviosamente /
Adorna também a luz da tarde cinzenta/
Que eu envolto nessa cumplicidade/
Me furto os olhos/
Ainda queixosos de sono/
Ao leve e traz de um adormecer/
Merecedor e sem culpa/
Das desordens resilientes do mundo afora/