Os  Tapetes da Vovó
 
Tomo o tapete Mágico da Memória.
Eu viajo.
 
Eu tomei emprestado o  de Aladim, história infantil.
Visito lugares habitados pelo menino.
A memória seleciona.
Se houve alguma injúria o menino esquece.
Eu juro.
Só restaram  reinvenções.
Assoalho encerado.
Moveis lustrados com óleo peroba.
Sombras deixam de ser assombrações.
Discórdias perdem seus discursos.
 
Na velha casa, sobre as janelas, eram debruçados tapetes já desgastados  da vovó.
Eram deixados ali para apanhar sol e bater poeira.
Um dia quase os incendiei com as brincadeiras infantis.
Corri.
A  tempo eu apaguei o incêndio.
 
Estava salva a narrativa de gerações que depositaram ali o pó de seus sapatos.

 
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 14/05/2020.
 
 
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de 19 de Fevereiro de 1998.
 
 
 
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Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 14/05/2020
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