ANESTESIAMENTO

ANESTESIAMENTO

A letargia

Range os dentes

E mergulha

No oceano

Em plena escuridão

Do ser à deriva.

Uma paralisia

Inconformada

Maltrata a carne

Corte após corte

Pulso molestado.

As pálpebras

Inquietas oscilam

Vertiginosamente

Como em um transe

Etílico de absinto

Com carbamazepina.

E meu corpo anestesiado

Cai em um sono perpetuo.

Biew Näss Sill

Terra Firme, 07-05-19.

Churume Literario

augustopoeta
Enviado por augustopoeta em 14/05/2020
Reeditado em 12/06/2024
Código do texto: T6947226
Classificação de conteúdo: seguro