A DESPEDIDA

A DESPEDIDA

Quando eu vi

As minhas mãos suadas

Segurando a corda

Amarrada no teto

E sentir meu coração

Batendo forte

E acelerado

No alto da cômoda!

Percebi que tudo

Me parecia cinza

E sem cheiros.

O sol se foi

E a chuva veio

Com seus ventos

Estridentes

E seus tentáculos frios.

Voltei a minha infância

Quando tinha medo de trovão

Mas agora não tenho

Mais medo de trovão

E nem de pular.

Biew Näss Sill

Terra Firme, 10-05-19.

Churume Literário

augustopoeta
Enviado por augustopoeta em 14/05/2020
Reeditado em 12/06/2024
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