A MORTE DA ALMA.

A MORTE DA ALMA..

Quando se nasce sem alma,

Já quase morto, fantasma sem calma,

Vida insana, dependente, andejando sem palma,

Trapo roto, egoísta, como louco desamor empalma,

Omisso, travo duro, nutriz sem cor pai da dor,

A desesperançar amor,

Natimorta a alma, cinzenta fossa incolor,

Gigantismo insensível solapa esmerado, visível, desalma,

O amor negando, pela vida vagando, desapurando das flores a salva,

Solidariedade negaceada, distante ficada, ausente quedando, ressalva,

Se bem-querer recusamos,remissão necessitamos, orar,

Pecados a semear, na vida a permear,

Tentados exorcizar, esmifradela rogar, passado apagar,

Ao perdão se chega, se amor que redime espalhar,

Nunca sem doação continuar, “preghiera” vociferar,

Alma morta não ressuscitar, amor sonegar,

Mais e mais a alma demonizar,

Fantoches de sanidade respirando maldade,

Omissão, falácia, irresponsabilidade,

Passa o mundo, ausente a realidade,

Vive-se o porão da verdade,

Não há luz ou claridade,

Muito menos felicidade, somente falsidade,

Vamos, sem alma, vivendo um empurrão sem realidade,

Nascemos no berço da mundial insanidade,

Muitos sem alma, no inferno da maldade,

Sem pedir mata-se um irmão, nosso próximo, com facilidade,

Por ação ou omissão, e respira-se ainda com tranquilidade,

Surge um Cristo, longe, volta um pouco a sanidade,

Dos nascidos sem alma que a comiseração seja redenção, mas que haja deles um pouco de dignidade,

Para que um dia possam ser verdade.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 14/05/2020
Código do texto: T6947176
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