Minha Amada Morta
Quando me despi diante da solidão ela me dizia,
O que fazes aqui homem?
Por que choras?
E com um martelo ela atingiu minha cabeça em um ataque fulminante.
Abrindo meu crânio,
Pegou meu cérebro com a mão
E enquanto comia dizia:
Comerei o que te aflinges,
Homem pequeno.
Tu não és Deus.
Por que choras?
Por que continua a chorar?
A solidão não te é suficiente?
Não fui uma boa companheira...
Afirmava ela enquanto comia meu cérebro
E aos prantos me vomitou.
Mas espera...
Aqui estou narrando a história
E em prantos declarando meu óbito
Diante de minha amada morta.
Criado:23/12/2019