Minha Amada Morta

Quando me despi diante da solidão ela me dizia,

O que fazes aqui homem?

Por que choras?

E com um martelo ela atingiu minha cabeça em um ataque fulminante.

Abrindo meu crânio,

Pegou meu cérebro com a mão

E enquanto comia dizia:

Comerei o que te aflinges,

Homem pequeno.

Tu não és Deus.

Por que choras?

Por que continua a chorar?

A solidão não te é suficiente?

Não fui uma boa companheira...

Afirmava ela enquanto comia meu cérebro

E aos prantos me vomitou.

Mas espera...

Aqui estou narrando a história

E em prantos declarando meu óbito

Diante de minha amada morta.

Criado:23/12/2019

Oaj Oluap
Enviado por Oaj Oluap em 14/05/2020
Código do texto: T6946627
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