Revolta

Vento suave que venta em mim

Sopra pra longe o que há de ruim

Leva pras nuvens as minhas tempestades

Destrava os caminhos onde vou.

Vento que me arrebata

Leva meu chão pra uma clareira

Despenteia a cabeleira das árvores

Sopra toda e qualquer poeira.

Vento, ó vento que me sacode

Me redemoinha até virar meu mundo

Revolve minhas ondas até chegar ao caos

Redesenha as areias onde piso.

Vento que venta no meu rosto

Uiva com força até que eu ouça

Silva com toda tua força

Me liberta dos atalhos percorridos

Me abre novos horizontes.

Vento, ó vento.

Marisa Lima
Enviado por Marisa Lima em 13/05/2020
Código do texto: T6946475
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