Revolta
Vento suave que venta em mim
Sopra pra longe o que há de ruim
Leva pras nuvens as minhas tempestades
Destrava os caminhos onde vou.
Vento que me arrebata
Leva meu chão pra uma clareira
Despenteia a cabeleira das árvores
Sopra toda e qualquer poeira.
Vento, ó vento que me sacode
Me redemoinha até virar meu mundo
Revolve minhas ondas até chegar ao caos
Redesenha as areias onde piso.
Vento que venta no meu rosto
Uiva com força até que eu ouça
Silva com toda tua força
Me liberta dos atalhos percorridos
Me abre novos horizontes.
Vento, ó vento.