NÃO SOU UM ROBÔ
Não sou um robô
Não, não sou
Já disse mil vezes
Cada vez mais
Tenho certeza disso
Se fosse poderia facilmente
Ser programado
Para aceitar calado
Certas coisas
De que não acredito
Que não acho justo
Mas não sou
Prova é essa pele
Cada vez mais humana
Degradada pelo tempo
Os cabelos já brancos
Que caem aqui e ali
Coração que bate
Voz cansada que
Às vezes se cala
Que um dia se apagará
Por mais que se pergunte
Sempre responderei
Não sou um robô
Não sou!
Que não me falte nunca
Essa única convicção.