A Parede
Estou cercado por quatro paredes altas
A que está na minha frente é completamente branca e despretensiosa
e nela finco os meus olhos, me hipnotizo
Ouço o seu chamado febril
Ela está padecendo
Sigo descalço para toca-la, o chão sob os meus pés é tão frio
Mas preciso percorre-lo
Chego até ela humilde e cansado
De tudo mais belo naquele quarto vasto de luxuria
É por ela que meu sangue ferve
Preciso tingi-la para salvar a sua essência
Tire de mim a pureza dos virgens
Meu sangue com um vermelho intenso jorra
Estou em você agora
Nesta parede vermelha