Os olhos do poeta
Olhos do poeta
O poeta não vê, ele sente
Não olha e sim percebe o
Imponderável
Na lucidez dos normais
Vê o torto belo
Na linha reta matematicamente
Vê as curvas se fechando
Esse olho não te pertence
Poeta
Essa tua imaginação sim
Poeta
Invente o mundo
Poeta
Os cegos de alma agradecem