QUE SERÁ?

Nesta noite, quem diria,
como nunca eu te amaria,
talvez como a vez primeira,
ou, quem sabe, a derradeira,
pois ninguém sabe de nada
desta vida desalmada,
que pode ser um espinho,
um alegre passarinho
cantando em revoada.
Que será do amanhã,
que se esconde em véu escuro,
me pergunto em louco afã,
longe, longe, no futuro.

Preciso de ti, minha irmã,
sê meu guia Aldebarã.

.  .  .


 Paulo Miranda
Nosso tão sublime beijo
talvez como a vez primeira
como o clangor de um realejo
já aconselhe uma parteira...