O Frio de Maio
A natureza faz cara de paisagem,
Não muda sua sina.
É maio, de céu azul
E o vento fresco na cortina.
O Novo Coronavírus assombrando
De dia e de noite,
E a natureza repetindo seu calendário.
É maio, já faz frio:
Tudo isso me causa arrepio.
Do maleiro, descer os agasalhos.
Lavar, perfumar para vestir
Vestir o frio de maio
E esperança sentir.
Mas o frio leva -me na casinha pobre,
Nos trapinhos poucos do irmão.
Naquele que não tem nem pão,
Que tantos frios enrugou pele e coração.
Ao cobrir com a manta quentinha e perfumada,
Fez frio na emoção, fez água.
Não é possível se aquecer sozinha,
Existe o irmão pobre na esquina.
É maio,
Frio e bonito maio!
Aquecer quem pode.
E o pobre?