PEDAÇO DE CARTA
PEDAÇO DE CARTA
Fernando Alberto Salinas Couto
Andando pela estrada vazia,
vi um pedaço de papel escrito,
diante do meu olhar curioso...
Mais rápido que a ventania
e num atrevimento inaudito,
peguei o objeto, pretensioso.
Vi que era o final de uma carta
de amor com muitos espinhos,
que protegiam uma flor morta
e nas entranhas da vida solitária,
com a frustração de seus sonhos,
por causa de terrível perfídia...
Então elevei o meu pensamento
ao nosso plano espiritual maior,
eis que ia encontrar o meu amor,
livre daquele triste sofrimento
e do jeitinho que eu sempre quis,
agradecendo por ser tão feliz...
RJ – 11/05/20