O mestre que se esconde nas montanhas da razão
Desce ao meu desespero uma aurora que não reconheço
ela esmaga meu coração
que esbraveja entre as lágrimas
e o suor derramamando como rio
mas minha voz é o algoz que se ocupa de enganar-me
então novamente
como um laço que de longe me persegue
acorrento-me no estreito caminho que um dia fugi
e você me contempla pregado nas palavras gritadas na praça
e eu busco refugio nos seus olhos
onde as palavras abraçam as ações
e o sopro é apenas o sentido
que o ar se faz como redentor
me perco no universo de tantos guias,
uma queda sinistra e abissal...
mas eu o conheço e sei como mais ninguém
a aurora é verdejante por dentro das palavras cinzas
és uma pessoa que vela-me como um guia
mas não és alguém que me espera sorrindo
doce ilusões que belos palácios construíram
e num mundo de divagações tentou se defender
quando meramente era o que és
o doce fruto que clama ao coração
a louca paixão se lançando em sacrifício