Estrela Azul, Órion. - Lia de Sá Leitão - 09/05/2020
Estrela Azul, Órion.
(Pérola)
O rito de um sonho bailado livre da dança mítica de Órion
e dos seus pinga luzes cadentes e azuis!
Guardando em si reservas de desejos.
O amor errante que atravessa o infinito
mergulhou no caos
o espaço pirilampa em anos luz
o luso fusco refletido no oceano e os olhos mareados de canto a Sereia brinca entre mergulhos profundos e aparições na superfície d’água.
Revela-se vida e essência da existência!
Alma do poeta encantado de estrelas!
Órion! Deslustra a dor
ovaciona o amor e um argonauta desavisado de Sol!
Alma sem torturas ou ciúmes!
Falta-lhe o amargo da saudade e não se declara predicativo!
Flor Azul do Universo! Perfeita no tempo!
Aura brilhante no espaço do nada que se destina a vida em cinestesia.
Não há lugar para saudades biliares da mulher amada
e nem a melancolia das dores e cortes do poeta.
Cadente em AzuLuz!
Rasga o Céu e mergulha na água do contraditório planeta Terra.
Intensa de atmosfera agora é vida no Atlântico Sul.
Estrela dividida em tentáculos luzentes
inspirando amores desarvorados peixe sereia ninfa de Órion
encantamento da voz sem solidão
canta a Lua em noite intensa de verão.