Adoração expiatória
Eu amei além do racional
Caí em profundos abismos
Caminhei até perder os sentidos
Nadei contra a corrente
Despi-me das minhas vergonhas
Joguei todas as fichas de uma vez
Traída e humilhada
Emudeci em meio ao caos
Hoje, madura e arrependida, volto a mim
Não nutro amor ou carinho
É aversão.
Desprezo por todos os sacrifícios instados
E pela ingenuidade martirizada
Lástima pelo meu ser entregue aos corvos
Refugiado agora em terras umbralísticas
Largado ao amargo sentimento de rancor
Não há abrigo ou salvação.
Não há.
Apenas tortura no Cáucaso,
Destino de quem venera o imperfeito