EU PASSARINHO
Agora olhando esse lago manso
Eu nunca me canso de lembrar
Dos anos de desamor em frente ao espelho
Dos anos que caminhei sem avistar alguém
E pra quem vai e pra quem vem
Fica só a impressão vulgar
De um coração vazio e frio
Frio bastante pra congelar qualquer vulcão
Que tente acariciar esse passarinho
De porta em porta, de ninho em ninho
Cigano solitário de galho em galho
Que tenta esquecer rapidamente
Toda semente de amor que vê brotar