FELICIDADE
Tudo é real e nada importa
Não tenho em mim o decifrar
De sonhos e cicatrizes
Por isso caminho radiante
Tonto diante do precipício
Tudo é tão triste,
Mas permaneço poesia
As mortes se somam cotidianas
O tempo não é de serenatas
Ainda assim vou colhendo
Fiapos de alegria
Nos vãos das janelas
Cegar-me de certezas
Para enxergar realidades...
Tudo é descoberta,
Mas sou antigamente
Carrego debaixo da unha
As marcas do passado
Que ainda não vivi
Vou inventando felicidades
Buscando sentidos aleatórios
Quem sabe se feliz
É aquele que esqueceu
Alguma ilusão.