FLORES DE MAIO

Como sol após a labuta do dia

adormece nos braços da noite

pra descansar.

Como as águas turvas dos rios

entre retas e curvas, procura

os braços do mar.

Sou passarinho

que saiu do ninho

aprendendo a voar.

Sou ave de retorno

procurando conforto

no aconchego do lar.

Ando passo a passo

sem tréguas,

se preciso caminho léguas

no teu colo de mãe

me recolho

minha cabeça em teu peito

encosto

meu travesseiro de amores.

E entre cafunés de consolo

no carinho de teus abraços

adormeço minhas dores.

Nele finjo birra

e até desmaio, falo

que dali não saio,

da proteção materna

do amor mãe,

mães, flores de maio.

Henrique Rodrigues Inhuma PI
Enviado por Henrique Rodrigues Inhuma PI em 08/05/2020
Reeditado em 09/05/2020
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