FLORES DE MAIO
Como sol após a labuta do dia
adormece nos braços da noite
pra descansar.
Como as águas turvas dos rios
entre retas e curvas, procura
os braços do mar.
Sou passarinho
que saiu do ninho
aprendendo a voar.
Sou ave de retorno
procurando conforto
no aconchego do lar.
Ando passo a passo
sem tréguas,
se preciso caminho léguas
no teu colo de mãe
me recolho
minha cabeça em teu peito
encosto
meu travesseiro de amores.
E entre cafunés de consolo
no carinho de teus abraços
adormeço minhas dores.
Nele finjo birra
e até desmaio, falo
que dali não saio,
da proteção materna
do amor mãe,
mães, flores de maio.