AMARGURA
O tema hoje é a amargura; escolhi dois poemas com esse tema, já publicados aqui, e deixo também um link para um vídeo que postei em meu canal, o Espiritualidade na Lata, onde converso sobre esse sentimento tão humano e tão negativo...
Vamos aos poemas:
Amargura - publicado em 2012
Sentada no rochedo, o olhar, perdido,
A barra do vestido esvoaçava ao vento
Ao chorar, ela deitava suas salgadas águas
Nas águas já salgadas do imenso mar.
No fundo, ela sabia: ele não iria voltar!
Na fraca luz do dia, ela quis o luar...
Mas só a maresia cobriu-a, por fim,
E assim enferrujou-se sua fantasia.
AMARGURA - Publicado em 2013
A amargura
Amarga a brandura,
Estraga a vida,
Macula a brancura
Da alma mais pura,
É triste,
A amargura!...
Talha no leite,
Véu de loucura
Diante de tudo
Que acha e procura,
Só vê a maldade
Em tudo o que enxerga,
E a iniquidade
Em tudo que toca...
A amargura:
Prenúncio de vento
Que afasta as pessoas,
Incita o tormento,
Se torna alicerce
De inveja e usura,
A vida escurece,
E cresce a penúria
Torna tudo triste,
Torna a vida dura!
Deus me livre e guarde
Dos dedos nodosos
Dos olhos jocosos
Da boca gosmenta
Do peito fechado
Do vil egoísmo
Da voz taciturna
E acusadora
Que tem a amargura...
Amargura - Também publicado em 2013
Guardei minhas mágoas dentro de um lenço
E sobre estas páginas, o sacudi.
As duras palavras, moí no silêncio.
Já dei por perdido o que há muito perdi.
Não levo comigo senão uma dor,
Que já nem me lembro se eu mesma escolhi.
A dor, já dormente, perdeu o amargor
Caída no tempo, penso que morri.
Mas há uma criança querendo viver,
Que dentro do peito, reclama e se agita...
Se a deixo dormir, a vida a desperta.
E esta criança quer ser, ressurgir,
Pois teima em sorrir, mostrar que está viva,
Guardei minhas mágoas dentro de um lenço
E sobre estas páginas, o sacudi.
As duras palavras, moí no silêncio.
Já dei por perdido o que há muito perdi.
Não levo comigo senão uma dor,
Que já nem me lembro se eu mesma escolhi.
A dor, já dormente, perdeu o amargor
Caída no tempo, penso que morri.
Mas há uma criança querendo viver,
Que dentro do peito, reclama e se agita...
Se a deixo dormir, a vida a desperta.
E esta criança quer ser, ressurgir,
Pois teima em sorrir, mostrar que está viva,
No fundo, eu entendo que ela está certa.
Aqui, o link para o meu vídeo - para chegar lá, basta passar o mouse sobre ele e clicar:
A AMARGURA
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