Liga, desliga!

Aparentemente me consome a vida,

enquanto se aproxima o fim

em cerimoniosa sorte.

E ao que parece,

caminha de braços enlaçados com a loucura.

Quem é que diz ao cérebro chega

ou rouba dos sujeitos o sopro vital?

Quem é que dá a ordem de liga ou desliga

e sopra dos corpos já moribundos

os últimos resquícios existentes de vida?

Quem é que ensina ao cérebro

a hora de parar

antes que venha a vertigem, a ânsia e a tontura

ou libera a alma do corpo pra ocupar outros corpos

e ou viver outros carmas?

Ao que parece,

tripudia a vida da minha miserável sorte,

enquanto me consome e violenta,

afaga-me e acaricia descaradamente a face

que, fria e pálida, já nem disfarça tanto descontentamento.