REFINARIA GRAMATICAL

Vejo-me dialético dentre os vagões filosóficos,

Enveredo por anátemas reflexivos de contrastes

Que tingem do pensamento as veredas anacrônicas

Contraditórias aos inexoráveis argumentos empíricos.

Diante de uma retórica que transcende o ocultismo,

Minhas palavras não se coadunam com a semântica,

Então uma polissêmica aventura no léxico do idioma

Traz efeitos novos perante as estruturas morfológicas.

Sinto-me crítico dos meus próprios estratagemas...

É possível que teares ortodoxos tenham construído

As estradas infláveis que mantêm na diacronia da língua

Os sintagmáticos padrões que auxiliam a sintaxe inversa.

Mediante os vícios que constrangem a estilística,

Navego dentro de uma imprudência normativa e social

Donde os paradigmas excluem, dos neologismos fonéticos,

A formação regencial que se opera em construções chulas.

É mister que os arcaísmos renasçam dentre o vocabulário

A fim de que a concordância possa interagir com o sentido

Exponencial que certos termos adquirem em seu manuseio

E tornem as elucubrações gramaticais denotativas e reais.

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 08/05/2020
Código do texto: T6940783
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