RENASCENÇA
Reacendi velhos sonhos sofridos
Poli amarelas lembranças ao vento
Juntei meus retalhos de tempo
Catei os meus cacos perdidos
Caminhei quando a sina mandava parar
Olhei quando não era para ver
Vivi quando era para morrer
Fui em frente quando o destino dizia voltar
Amei quando era imprevisível querer
Voei quando era para rastejar
Cantei quando era para chorar
Sonhei quando era impossível viver
Dei colo ao velho e acolhi a criança
Colhi o verão e plantei o inverno
Quebrei o silêncio e rasguei o verbo
Pus fogo no medo e aqueci a esperança.