PASSAGENS

PASSAGENS

Por muitos anos pisei areia

Ao lado do mar vi sereias

Torcia pela baleia

Depois um tempo nordestino

Na terra de sincretismos

E na terra de salvador

Quase perdia meu amor

Aí fui pisar terra vermelha

Em cidade de Lobato

No começo me senti pato(fora d’água)

Até despertar uma centelha

E fui adiante

Me vi em Mauá

Transitando pra lá e pra cá

Entre ABC e SP

Assim me vi cidadão do mundo

Sem notar fronteiras

Mesmo sem eiras nem beiras

O choque não foi mais fundo

Hoje gato escaldado

Pouco importa a temperatura

Deixo tudo de lado

Vivo e deixo viver sem frescura

O mais próximo do passado

É uma grande saudade

Do mar salgado

Onda que vez por outra me invade

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 07/05/2020
Reeditado em 07/05/2020
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