ESTILOS DE POESIAS

[Para a amiga poeta e escritora Irene Almeida,

que chegou hà pouco, mas já mora no meu

coração]

Flores

Não sei porque me atraem as flores,

Se eu fosse um beija flor, saberia,

Que certamente seriam suas cores!

Os aromas, seus formatos, a alegria.

Nascer cada dia transmitindo amores!

Celestes dons que me acompanham,

Fazei me como essas flores lindas...

Que viajantes cansados apanham,

E cantam, dançam, dão boas vindas!

Vão espalhando as pétalas nas ruas,

Enquanto as mulheres se banham...

Nos ofurôs perfumados, todas nuas!

Poeta Camilo Martins/Odinéia Martins

Aqui, hoje, 22.03.2012

20:10 [Noite]

[Estilo: Poesia em dueto] Na poesia, o dueto é uma composição feita por duas pessoas tratando do mesmo assunto (tema), geralmente em forma de diálogo. Embora seja desaconselhável e até condenado por muitos poetas, um mesmo autor pode compor seu dueto em momentos diferentes, mas nunca usando o mesmo nome e sim um pseudônimo ou heterônimo.

Gaiola

A gaiola é uma prisão,

Não prende gente...

Mas um pássaro eu vi.

Poeta Camilo Martins

Aqui, hoje, 23.03.2012

11:13

[Estilo: Poesia em Redondilha – Com terceto] Redondilha menor É a poesia escrita com versos de cinco sílabas poéticas.

Gaiola

O homem não me surpreende,

A prisão era só pra gente,

Mas põem pássaros também.

Poeta Camilo Martins

Aqui, hoje, 23.03.2012

11:18

[Estilo: Poesia em Redondilha – Com terceto] Redondilha maior É a poesia escrita em versos de sete sílabas poéticas.

Gazal dos loucos

Sou andarilho, não louco! (A)

Nem posso cantar, estou rouco. (A)

Querem o meu sangue, a vida? (B)

Posso dar, isto é bem pouco! (A)

Covardes! Atirem-me a pedra, (C)

Ouço passos, não sou mouco, (A)

Nem sou Madalena, a pecadora! (D)

Raça de víboras, ovo chôco, (A)

Jazem na podridão da ferida! (E)

E da lama faz seu lar, és porco! (A)

Não, não sou louco, criatura! (F)

Sou artista, pintor... Eu ouço, (A)

O aplauso efusivo da multidão! (G)

Mas vós me preparais arcabouço... (A)

Loucos não têm alma... E eu?! (H)

Já nem eu sei mais, tampouco. (A)

Poeta Camilo Martins

Aqui, hoje,22.03.2012

11:39 [Manhã]

[Estilo: Poesia em Gazal ou Gazel] Gazal ou Gazel é um poema de forma fixa de origem Árabe, cujo início data do século VII. A temática do Gazal é o amor, o sentimento humano e também o lado místico da vida. Poeta maior, que se dedicou à composição do Gazal foi Hafiz. A composição do Gazal é estruturada em dísticos (até 15 dísticos) e as rimas são organizadas da seguinte maneira:

AA // BA // CA // DA // EA // FA // GA

Liberdade

Existe, mas nem sempre é usada, isso não é legal.

Daria à todos sempre a felicidade de ser independente.

Apontaria um caminho para um futuro próspero e belo.

Determinaria a vida maravilhosa e um bem especial.

Reciprocidade nos relacionamentos, o amor reinaria.

Então viveríamos em paz! Comemoraríamos cada data!

Belas flores daríamos de presente, felizes no nosso amor.

Infelicidade seria palavra inexistente e nunca iríamos dizer,

Liberdade eu odeio você! Certamente uma esperança existe!

Poeta Camilo Martins

Aqui, hoje, 21.03.2012

14:02 [Tarde]

[Estilo: Poesia em Mesóstico] O Mesóstico surgiu, da mesma forma que os Acrósticos, que eram praticados na antiga Grécia, nos séculos cinco e seis depois de Cristo.

Mesósticos são textos (poéticos ou não) que se possuem no meio dos versos, letras que formam uma ou mais palavras, que dão o mote da composição. Isso ocorre, normalmente em poesias. Normalmente, os Mesósticos falam de amor e/ou temas do cotidiano e podem abordar também as datas comemorativas ou ainda falar sobre despedidas e dar as boas vindas. Nada impede que um Mesóstico seja também um Acróstico ou Teléstico ou ainda os três juntos. Na poesia acima, a palavra chave foi colocada no início e no meio do texto. Temos, portanto, um Acróstico e um Mesóstico dentro de um único texto. No Acróstico, a palavra foi colocada para a leitura de baixo para cima.

Natureza

Quando olho terra, céu e mar... Medito, fico ZeN!

São de inimagináveis mistérios, esplendida belezA.

Há mais vidas no grande universo, isso é só makeT,

Vejo magníficas imagens de aves, há até rei, urubU!

Rios, lagos e cânions, se fundem ao grande maR...

No espaço sideral, estrelas cadentes ou não, se vE.

E comunicam entre si, enquanto uma sorrir outra diZ:

Que Deus Maravilhoso, criador do céu, mar e terrA!

Poeta Camilo Martins

Aqui, hoje,21.03.2012

16:23 [Tarde]

[Estilo: Poesia em Teléstico] O Teléstico é outra forma poética derivada do Acróstico, que surgiu na antiga Grécia, nos séculos cinco e seis depois de Cristo. Telésticos são textos (poéticos ou não) que, na última letra de cada verso formam nomes ou frases, também, normalmente em poesias. Da mesma forma que nos Acrósticos e Mesósticos, os Telésticos falam de amor e de temas do dia a dia. Porém, também pode discorrer sobre datas comemorativas, despedidas e dar as boas vindas. Os Telésticos seguem a mesma linha do Acróstico e Mesóstico, porém a palavra ou o verso chave é colocado no final do verso. Nada impede que um Teléstico seja também um Acróstico ou Mesóstico ou ainda os três juntos.

Olhos

Vista cansada,

Mente sem rumo,

Caminhos a percorrer.

Olhos // Vida da Alma

Visão. Janela da alma.

A vida do espírito humano.

Indispensáveis à contemplação.

Azuis, verdes, castanhos...

De todos os brilhos e raças!

Mostra a estrada a caminhar.

Não deixa o ser vaguear sem rumo.

Mesmo cansado o olhar é belo!

Fusão de experiência e vida...

Na imensidão de imagens captadas.

Poeta Camilo Martins

Aqui, hoje, 23.03.2012

10h00min [Manhã]

[Estilo: Poesia Subliminar] Início: Limeira – SP – Brasil. Organização e conceituação: Carlos Alberto Fiore. Significado: oculto, subconsciente. Data de lançamento: 02/08/2007. Título: obrigatório e separado por barras. Rima: livre. Métrica: livre. Momento: passado, presente e futuro. Tema: livre. Estrutura: dois textos fundidos, feitos por um ou mais autores. No segundo texto, cada verso começa com uma palavra do primeiro verso.

Características: a partir de um texto minimalista (ou não), o(s) autor(es) criam um novo texto seguindo ou não a mesma linha do texto base. Para a criação, o texto base deve ser separado em palavras ou expressões, como se fosse um acróstico de palavras e, a partir daí cria-se um novo texto. Obs. Embora toda poesia seja considerada subliminar, neste caso é a forma que deve ser considerada subliminar e, por extensão, a mensagem