Cães vagabundos
Amigo do peito
Mesmo olhar que o meu
Mesma dor que a minha
Poeta perfeito
Vagabundo feito eu
Segue o vento e não a linha
Quantas noites uivando à lua!
Que nos consolava
Feito mãe a um filho triste
Amigo sujo das ruas
Agora criou asas
Mas sei que ainda existe
Choro sozinho
Sozinho eu ando
A lua solitária sobre mim
Desterrado do ninho
Sigo voando
Por caminho sem fim