Cães vagabundos

Amigo do peito

Mesmo olhar que o meu

Mesma dor que a minha

Poeta perfeito

Vagabundo feito eu

Segue o vento e não a linha

Quantas noites uivando à lua!

Que nos consolava

Feito mãe a um filho triste

Amigo sujo das ruas

Agora criou asas

Mas sei que ainda existe

Choro sozinho

Sozinho eu ando

A lua solitária sobre mim

Desterrado do ninho

Sigo voando

Por caminho sem fim

Daribe Simbar
Enviado por Daribe Simbar em 06/05/2020
Reeditado em 17/04/2023
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