PONTEIROS.

Tempo, tempo, tempo...

Senhor de todas as horas.

Diga-me em poucos minutos,

Quanto tempo dura o amor...

Depois, então,

Num quarto de hora,

Caminha devagar...

Enquanto num passo apressado,

Corro atrás de ti.

E num atrevido tic-tac

Desse passar apressado,

Vou tomando, aos poucos,

O teu tão pouco tempo...

Quando no despertar das horas,

Em felicidade e encanto

Acordo ainda, a tempo,

Os meus antigos sonhos de amor...

Perdidos em algum canto,

Há tempos adormecidos.

Elenice Bastos.