lampejo

onde me refugiu, Se todo campo

á aberto, e um estardalhaço de

agonia me pende o poço, ando

preocupado com o destino das casas,

com o encontro que se dá na hora

solidão mais absoluta, pergunto

a ti, quem sou nem vale cinistro,

quem sou nesse vacuo que me seduz quando

a brevidade da vida me ocorre, perdi no atacado

e no varejo, mas sou com cobra eletrica á

beira de uma estrada infinita, onde

encontro uma cabana com os meus, com

os que comigo comunga dessa verdade,

falaremos de nada, mas andaremos de

mãos dadas, e riremos de nossas pequenas

coisas, sentiremos o beijo do céu, a alegria

pueril de quem ainda se move pelo lábios

da alegria, deixaremos os anos despedaçados,

os vasos rachados, saberemos da verdade, mas não

importaremos com isso, porque todos riremos

de nossa finitude, e amaremos cada segundo

como se fosse o derradeiro, com o coração

na boca e os pés no presente, essa eterna

dádiva que nos assombra, e simplesmente

seremos rio em movimento, sem apego

ou perda, poque tudo há de ser como

se é, inclusive pra gente que beberemos

dessa verdade.

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 05/05/2020
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