lampejo
onde me refugiu, Se todo campo
á aberto, e um estardalhaço de
agonia me pende o poço, ando
preocupado com o destino das casas,
com o encontro que se dá na hora
solidão mais absoluta, pergunto
a ti, quem sou nem vale cinistro,
quem sou nesse vacuo que me seduz quando
a brevidade da vida me ocorre, perdi no atacado
e no varejo, mas sou com cobra eletrica á
beira de uma estrada infinita, onde
encontro uma cabana com os meus, com
os que comigo comunga dessa verdade,
falaremos de nada, mas andaremos de
mãos dadas, e riremos de nossas pequenas
coisas, sentiremos o beijo do céu, a alegria
pueril de quem ainda se move pelo lábios
da alegria, deixaremos os anos despedaçados,
os vasos rachados, saberemos da verdade, mas não
importaremos com isso, porque todos riremos
de nossa finitude, e amaremos cada segundo
como se fosse o derradeiro, com o coração
na boca e os pés no presente, essa eterna
dádiva que nos assombra, e simplesmente
seremos rio em movimento, sem apego
ou perda, poque tudo há de ser como
se é, inclusive pra gente que beberemos
dessa verdade.