Caos e Poe'sia
Há sempre uma navalha afiada, prestes a rasgar a carne.
Na fervura da pele, eriçando os pelos, os segredos, revelados nas pontas dos dedos.
Há muito tempo, calou-se a musa, confusa... segredou-me a derradeira poesia.
Vedei os olhos abissais da morte, com sorte, ela não sugou-me o resto de vida.
Clandestinamente estou a vagar pelos sonhos, olhos tristonhos, coração se derramando.
Hão de ser outras rosas, outros versos, outra estação de poesia;
No punho serrado de outro poeta.
Há tanta erva daninha sobre o túmulo do meu peito, mas, nenhuma primavera nascendo da minha caneta.