POEMA NOTURNO E DE AUSÊNCIA 2
Agora que já me conheces
sabes das terras que carrego em mim.
É preciso ter algo abaixo do si.
Vem e dança pelo meu agreste.
Caminho pelas ruas
procurando não sei o que
não sei por onde.
Tentativas falhas de caminhar em suas estradas.
Volto, retorno, não recomeço.
Tudo é uma versão de outra coisa.
O tempo passa e é continuidade
dos dias que seguem sua inconstância.
Poderás chegar pela minha janela nesta noite?
Não, existe o tempo, a estrada, a figueira, o mar, o sal.
Sigo por estradas, descaminhos, memórias e crônicas.
Eu, despido da fantasia humana, ainda consigo acreditar nos lapsos de felicidade.