POEMA NOTURNO E DE AUSÊNCIA 2

Agora que já me conheces

sabes das terras que carrego em mim.

É preciso ter algo abaixo do si.

Vem e dança pelo meu agreste.

Caminho pelas ruas

procurando não sei o que

não sei por onde.

Tentativas falhas de caminhar em suas estradas.

Volto, retorno, não recomeço.

Tudo é uma versão de outra coisa.

O tempo passa e é continuidade

dos dias que seguem sua inconstância.

Poderás chegar pela minha janela nesta noite?

Não, existe o tempo, a estrada, a figueira, o mar, o sal.

Sigo por estradas, descaminhos, memórias e crônicas.

Eu, despido da fantasia humana, ainda consigo acreditar nos lapsos de felicidade.

Jailson Anderson
Enviado por Jailson Anderson em 04/05/2020
Reeditado em 04/05/2020
Código do texto: T6936745
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