SEDE DO PORÃO
Não sou capaz
De ouvir e entender estrelas
Mas num mundo cheio de ausências
Estrago minha imaginação
Com aqueles
Que desembarcaram da minha vida
E correram atrás de uma carona
Deixando fechadas
As portas da percepção
Eu ando distante
Livre do peso da procura
Ontem
As coisas faziam sentido
O tédio
Era apenas uma possibilidade
Mas hoje vivo pra cantar
A sede do porão
Pálido de espanto