SEDE DO PORÃO

Não sou capaz

De ouvir e entender estrelas

Mas num mundo cheio de ausências

Estrago minha imaginação

Com aqueles

Que desembarcaram da minha vida

E correram atrás de uma carona

Deixando fechadas

As portas da percepção

Eu ando distante

Livre do peso da procura

Ontem

As coisas faziam sentido

O tédio

Era apenas uma possibilidade

Mas hoje vivo pra cantar

A sede do porão

Pálido de espanto

JOAQUIM RICARDO
Enviado por JOAQUIM RICARDO em 03/05/2020
Código do texto: T6936580
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