O DESTINO DA BORBOLETA
Voa dourada sobre as flores,
Em busca de perfumados amores,
A borboleta caprichosa,
Desprezando a beleza da rosa
Pelo amor do jasmim
Cautelosa disse assim:
“Eu tenho a alma sedenta,
Único amor não me contenta.
Meu prazer é variar,
Indo da floresta ao mar,
Oferecendo meus beijos
A toda flor que eu vejo.
Eu sou inconstante;
Não me prendo um instante,
E se quiser ser meu amante
Há que saber viver só,
E não murchar de saudade.
Saiba querido a verdade,
O meu destino é um só:
Beijar e amar as flores sem exceções
Livre, sem os grilhões de paixões,
Enquanto vivas e divinas
Nas florestas, jardins e campinas”.
14/10/07.