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Os botões se abriram lentamente despindo o encanto das letras escritas com tinta vermelha bordô.

O ar pesaroso ofegava rangente na lentidão daqueles movimentos.

A narrativa despedaçada enunciava em suas rachaduras a dor e o prazer do que era impossível de se dizer.

O frescor das sombras daquela árvore causava uma estranheza que remetia a infância.

Às pontas dos dedos gritavam incessantemente verdades insuportáveis.

Às máscaras cobriam algo além dos lábios.

A sede do que não existe e a fome inquietante de poesia voltavam no intervalo de terça menor.