OS VERSOS
Versos vão e vêm a te procurar.
“Suados” descansam a te encantar,
E verberam por não te encontrar.
Bradam em suas rimas.
E se neles teu gosto não primas,
Os versos “murcham”
E “estrebucham” pelo “chão”.
O complô das letras
Em busca de ti
Armam inúmeras “tretas”
E circulam até nas “sarjetas”,
Querendo te enamorar.
Sinta os versos!
As feituras e suas junções,
Não é o que eles dizem...
Mas o que buscam,
Nas emoções.
Traduza esse idioma,
Pois, é o entendimento que soma,
E não cria redoma
Aprisionando esta “canção”.
Os versos são teus.
As rimas são minhas,
Os “encantos” são seus.
Restam-me, as entrelinhas.
Ênio Azevedo