ADEUS, VELHO MUNDO!

Gritei ao Sol

que não queria mais

uma terra de pavor;

dado à flor dos tempos,

gritei, sem medo que, não,

ao velho mundo.

E contemplando ainda de longe

o doce laranja do crepúsculo

ouvi, como criança de outrora,

a lírica voz da luz de uma estrela:

- Acorde, átomo!

Levante os irmãos:

milhões, bilhões;

que seja! Duas almas

já são suficientes mãos

para erguer a eternidade...

Me dizia o Sol

(em apelo singelo)

assim que a noite acordava,

quando teimava inda Morfeu

em adormecer a humanidade.

Adeus, velho mundo!

E não gritei mais.

Meu pequeno grão de azul

tinha os olhos mais lindos

que os titãs já viram.

Sivaldo Souza
Enviado por Sivaldo Souza em 01/05/2020
Reeditado em 09/02/2021
Código do texto: T6934594
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