CADÊ MEU GIGANTE?!
Cadê meu gigante?
Cadê meu gigante
meu gigante encolheu?
Cadê sua força que me carregava numa só mão?
Cadê seus cabelos tão negros e fortes
como os de Sansão?
Cadê meu gigante
meu gigante encolheu?
Meu gigante agora tem passos lentos
e tem a voz mais compassada
tem seus cabelos mais ralos
e sua voz embargada no abraço!
Meu gigante agora
mostra rugas e uma ponta da dor.
Reflexo das desventuras que a vida lhe entregou
Reflexo das desilusões e de todas as duras provas.
E olhando seu semblante triste.
Vi que o gigante ali ainda mora!
Seu coração não se conforma com a sua lentidão
e conta com risos e gestos
o novo amigo que encontrou!
O meu gigante de olhos pequenos
e de sorriso estreito
é o meu pai, o meu eterno amigo
Amigo meu de todas as horas..
Quisera eu poder estar ao lado teu
acariciar sua face e fazê-lo rir das minhas besteiras
Mas cabe a mim agora apenas olha-lo
como quem olha para um filho
cuidá-lo e zelar
guarda-lo sempre em meu peito
seus ensinamentos e seus erros
E jamais deixar que pense
Que um dia irei esquecê-lo!
Poema dedicado à aquele que é um verdadeiro amigo, que confia em mim e fala comigo como quem tem a certeza de que jamais irei traí-lo, jamais lhe deixarei faltar o ombro, a mão, o sorriso e uma lágrima pra chorarmos juntos se for preciso, e depois sorrir e seguir em frente como ele sempre me ensinou!
O meu pai: Manoel Gregório Rangel.