CADÊ MEU GIGANTE?!

Cadê meu gigante?

Cadê meu gigante

meu gigante encolheu?

Cadê sua força que me carregava numa só mão?

Cadê seus cabelos tão negros e fortes

como os de Sansão?

Cadê meu gigante

meu gigante encolheu?

Meu gigante agora tem passos lentos

e tem a voz mais compassada

tem seus cabelos mais ralos

e sua voz embargada no abraço!

Meu gigante agora

mostra rugas e uma ponta da dor.

Reflexo das desventuras que a vida lhe entregou

Reflexo das desilusões e de todas as duras provas.

E olhando seu semblante triste.

Vi que o gigante ali ainda mora!

Seu coração não se conforma com a sua lentidão

e conta com risos e gestos

o novo amigo que encontrou!

O meu gigante de olhos pequenos

e de sorriso estreito

é o meu pai, o meu eterno amigo

Amigo meu de todas as horas..

Quisera eu poder estar ao lado teu

acariciar sua face e fazê-lo rir das minhas besteiras

Mas cabe a mim agora apenas olha-lo

como quem olha para um filho

cuidá-lo e zelar

guarda-lo sempre em meu peito

seus ensinamentos e seus erros

E jamais deixar que pense

Que um dia irei esquecê-lo!

Poema dedicado à aquele que é um verdadeiro amigo, que confia em mim e fala comigo como quem tem a certeza de que jamais irei traí-lo, jamais lhe deixarei faltar o ombro, a mão, o sorriso e uma lágrima pra chorarmos juntos se for preciso, e depois sorrir e seguir em frente como ele sempre me ensinou!

O meu pai: Manoel Gregório Rangel.

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 14/10/2007
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