OS MESMOS CASTELOS
Matar delicadamente uma esperança
Como quem abandona uma procissão
Ancorar dores e desilusões
Em ombros errados
Basta um minúsculo sonho
Para o homem delirar
Imaginar-se mil e imperecível
Seguir, seguir em frente
Segredando sussurros
Fazendo da estrada um satélite
Mas nada encontrar...
Mitigar assombros
E remontar nas ruínas
Os mesmos castelos.