Nada Igual, Tudo Igual
Não sei o que há do outro lado da porta
Ou entre os quadros e a parede
Nem mesmo se alguém se importa
Com o que está embaixo do tapete
Não vejo a saída do poço
Não abro a porta do porão
Ninguém bate em meu portão
Lembro da aurora e do horizonte
Que se escondem atrás da cortina
Vejo a sombra por trás do monte
Que me separa de minha rotina
Tudo bem se não estou bem
Tudo bem se demora a passar
Tudo bem se eu rir ou chorar
Há um tempo que já foi passado
No diário que a vida escreveu
E apesar dos meus braços cansados
Há abraços pra quem não me esqueceu