Nada Igual, Tudo Igual

Não sei o que há do outro lado da porta

Ou entre os quadros e a parede

Nem mesmo se alguém se importa

Com o que está embaixo do tapete

Não vejo a saída do poço

Não abro a porta do porão

Ninguém bate em meu portão

Lembro da aurora e do horizonte

Que se escondem atrás da cortina

Vejo a sombra por trás do monte

Que me separa de minha rotina

Tudo bem se não estou bem

Tudo bem se demora a passar

Tudo bem se eu rir ou chorar

Há um tempo que já foi passado

No diário que a vida escreveu

E apesar dos meus braços cansados

Há abraços pra quem não me esqueceu

Claudia Jeveaux
Enviado por Claudia Jeveaux em 01/05/2020
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