QUARENTENA (I) MONSTRO MICROSCÓPICO!(282)
Dobra os joelhos, o rei tomba, foi atingido,
Depõe as armas e sua coroa de ouro, não de espinho,
Tenta ver o inimigo, que o derrotou,
Seus olhos o traem, ou já se foi, passou...
Só, quando vê seus súditos, também caídos,
Percebe que o mal, está ali, foram por ele, atingidos,
Não vertem sangue, é chaga interna, letal,
Tem de levantar-se e lutar, vencer esse mal...
É soberano, tem tantos bens, tem muita riqueza,
Mas, a quem pagar, pr’a resgatar sua grandeza,
Se não vê o inimigo, que seu reino assola,
Impotente, levanta as mãos aos céus e chora...
Pensei que era o mais forte, o mais poderoso,
Me prostro agora, ante minha arrogância e meu povo,
Vosso perdão, por minha impotência, hoje almejo,
-Sucumbo ante um monstro... E nem sequer... O vejo...