AS CORES DA TUA ALMA
Autora: Regilene Rodrigues Neves
Tua alma eu desenho nesse papel
Tem cores lindas
Algumas suaves...Outras fortes...
Alguns momentos perdem-se na escuridão
Você tenta alcançá-la
Em vôos...
Tem o desejo de sentir
Ser tocado
Mas as sensibilidades perdem-se nessa troca
E tua alma sente frio...Solidão...
Está cercado
Pode sentir tudo a sua volta
Prazeres...Gostos...Sabores...Sentidos...
Mas sente-se nu na tua essência
Faltam carícias ao vento...
Um olhar que fale no silêncio
Mãos que te percorram
Como orvalho derramado...
Sentimentos que caminhem em ti
Sem que saiba a direção
Mas que te levem
Como tempo em tuas profundezas...
Que o destino não tenha lugar
E que teu nome seja
Uma estrada paixão...
Combustível amor...
Destino amar...
Porque tu és a poesia
De uma beleza alma
Derrama sonhos
Em noite de luar
Para aquecê-lo e doar
Em venturas de amor
Pergunta-me onde errou
Mas sei que não errou
Apenas não tiveram sensibilidade para senti-lo
Não que não tentaram ou não conseguiram
Mas a comunicação do verdadeiro amor
Não tem palavras...
Não tem corpo...
Não é física...
Nem apontada para onde se quer ir...
O papel está turvo
Você está confuso...
Tento te alcançar
Ler esse pensamento que me escapa
Por vezes o desenho se apaga
Ás vezes borra o papel
Em cores que se misturam
Mas sinto-te amor
Amor descabido
Sem medida
Em teu peito...
Quer amar...
Quer doar...
Mas precisa sentir
O que está perdido...
Despir tua imagem
É consagrar o belo
Embriagar-se no néctar da tua existência
Sublime como tua beleza
Viajar pelos teus olhos
É caminhar na estrada dos sonhos...
Você é a letra de uma canção amor
Invade a alma torpe do mortal
Condicionado a desejos carnais...
Mas teu espírito é luz
Nos miseráveis
Tua comunhão
É a paz que habita
Num lugar que persegues...
Mas vemos em ti
Uma estrada...
Um jardim...
Uma rosa cobre teu nu
No ar teu perfume convida
Almas sonham um mesmo sonho
Um amor maior
Que alcance
O teu destino
Em mais que poesia...
Em versos narrados
Em uma história real...
Não sei se me perdi
Não sei se me achei
Mas foi o que senti...
Criado em 09/05/2004