Trovejar
Perdoe-me esses exageros,
Sinto-me à arder, pele, pelo, ossos...
Tudo sendo consumido em segundos.
Sou feita do caos e da poesia.
Perdoe-me a mania de transbordar;
Não sei conter as gotas do meu Oceano.
Tudo tão profundo, tudo tão visceral
O inundar de todas as emoções.
Perdoe-me se eu não sei ser discreta
Enquanto tudo em mim grita,
Nessa necessidade em ser ouvida
Tudo em mim se transforma em poesia.
Perdoe-me se sou aversa a paz;
Quando tudo, dentro e fora, desmorona
Vão se alinhando os verbos e versos
Todas as quimeras que da alma trovejam