O Ouroboros de Caibalion
Atravessando os Céus
Por espirais venenosas
Obscuras por excelência
Infinitas, brilhantes gasosas
Onde se encontra toda
A essência pulsante da vida
O cemitério cósmico
Berçário de todo segredo
Nasce, a estrela radiante
Do pensamento oculto
O corpo, um elemento transcendente
Da força, da insana vontade!
O ébrio pensamento
Nos tempos de fim
O primordial elemento da criação!
E assim que se comunga
Com eras de trevas e glórias
O mais antigo ancião
Que em versos cantava outrora
Os males e prazeres da carne
Que tocam o espírito
E o devora em tempos
Recriando o mistério infinito
A longínqua esfera de Kepler
A nova morada de Hermes Trimegisto
O lugar de todo o sempre
Do antes do nunca
Da relva escarlate, da renovação!
O Ouroboros de Caibalion