De repente...
De repente me visto de inocência
E me dispo de toda maledicência
Impregnada na minha pele
De repente me vejo criança
Olhos brilhando
E nos lábios o sorriso espontâneo
Tudo é assim de repente
De repente nascem asas
E se desmancham as correntes
Seria isso alguma espécie de mágica
Ali aplicada?
Nunca saberei dizer
Mas assim de repente
A alma se desprende do corpo
E viaja pelo vasto infinito
É assim... Sem explicação
Apenas a movimentação
A criação... A empolgação
Tudo com o de repente
De repente o ínfimo se expande
E o espaço ali não mais o comporta
É tudo um pequeno momento
Liberdade e cumplicidade
De repente quando parar e notar
Vai entender
O porquê de ter sido tão de repente
De repente você está por aqui
Lendo estas letrinhas
Acompanhando-as...
Vendo seu nascer
E o seu despontar
É pode ser...
De repente...