DESIMPORTÂNCIAS
Prefiro mesmo a chiqueza dos bichos
Que têm talento de se aninchar
Invejo os que comem na surdina
Moderno para mim
é o que o tempo esqueceu
Não tenho apreço a etiquetas
Sou dado a essas necedades
Segredo é entrelaçar minha voz
Com o canto do galo
A manhã fica até mais linda
Vou me enricando é de miudezas
Urdindo no chão meus castelos
Única fronteira que conheço
É aquela pra lá da vida
Onde moram os nuncamentes
Comungo das minhas desimportâncias
Para atingir os meus limites
Porque grande é todo aquele
Que já se tornou invisível.