Insanidade de um poema

Sou um poeta que não aprendeu apenas amar,

mas a cultivar o andar

nas ruas dos pedestres embriagados

no canto de malandragens invocado

por um Deus existencialmente misterioso,

esperando na parada da vida pós vida,

na reza de uma onda de paz e mistério.

Eu ando nas ruas e ruelas nos becos de Goiás,

Brasília e tudo mais...

buscando uma chatice

que vive nos sonhos

das verdades nunca ditas

aos poetas que vivem na asneira

de uma utopia insana.

Quem sabe somos seres a esperar

um ônibus celestial que nunca vira!

ou quem sabe somos seres maus a rezar

pelos cantos buscando na tarde inteira

um perdão hipócrita vivenciado na dose

dupla e nostálgica, alcoolizada na bobeira

da falta de realidade existente!

Quem sabe não somos nada além

de frutos proibidos no jardim imaculado

de nossas vidas, e de nossos sonhos!

TCintra
Enviado por TCintra em 28/04/2020
Reeditado em 28/04/2020
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