Insanidade de um poema
Sou um poeta que não aprendeu apenas amar,
mas a cultivar o andar
nas ruas dos pedestres embriagados
no canto de malandragens invocado
por um Deus existencialmente misterioso,
esperando na parada da vida pós vida,
na reza de uma onda de paz e mistério.
Eu ando nas ruas e ruelas nos becos de Goiás,
Brasília e tudo mais...
buscando uma chatice
que vive nos sonhos
das verdades nunca ditas
aos poetas que vivem na asneira
de uma utopia insana.
Quem sabe somos seres a esperar
um ônibus celestial que nunca vira!
ou quem sabe somos seres maus a rezar
pelos cantos buscando na tarde inteira
um perdão hipócrita vivenciado na dose
dupla e nostálgica, alcoolizada na bobeira
da falta de realidade existente!
Quem sabe não somos nada além
de frutos proibidos no jardim imaculado
de nossas vidas, e de nossos sonhos!