ANTIDIÁRIOS DE ABRIL XXVIII

A aurora escarlate antes de tudo o que será lilás

leve à beira da alizarina. A luz abóbora. Os ares

frios do dia ensolarado, mas de quase inverno...

Noto o violeta genciana do trapézio da passarela

e o status do vírus é o de um nimbo acinzentado

naquele filme oriundo dos escombros trancados

de Cage em 8mm, no limite do fetiche do macho

e na tensão da surpresa dura da dura descoberta (a cestaria da tarde lança uma brisa de caramelo ao ocre que rodeia a linha no bordô da saudade).

E o verso não voa em mais um poema que parte.