SOZINHA COM MEU SILÊNCIO
Autoria: Regilene Rodrigues Neves
No meu silêncio guardo pertences
Fragmentos interpretados em arte
Que me sustenta em olhares da minha alma
Um sorriso de felicidade sombreia no imaginário da tela
Querendo abrasar a solidão do meu silencio
Pinceladas ocultam a mulher que se mostra no olhar
De quem não a percebe solitária, carente de amor de amar...
Mas na alma o sentimento é pecado
Ronda sonda o amor num olhar perdido na multidão,
Mas as sombras da escuridão transformam-se em pó
Caem na tela...O alimento voraz da alma sensível
Transporta e eu aqui sozinha no meu silêncio retrato
Telas que construam faces libertas
O medo comunga a culpa, o segredo é promíscuo!
O sorriso solta a felicidade ante a noite de lua
As águas correm sem destino...
As pedras solitárias se alheiam...
E eu vou perguntando até quando?
O que guardo em mim
Se não um sonho sem corpo
No rosto de alma
Um riso plácido gentil de espera
Pinto a tela da vida de cores vida
Não, não sou sofrida, apenas em paz!
Mas tenho medo da guerra
Que o sentimento pode causar
Ante o amor que fascino!
A mulher em mim dorme em águas mansas
Nas sombras da lua a beleza é face que escondo de mim...
Ganho asas de anjo para levar o amor
Depositado no encontro de almas
Coabito o mundo poeta onde assino sobre a poesia
O cenário ganha vida a alma vibra
A emoção chora, sozinha meu silêncio aflora...
Chora relicário de cenários etéreos
Onde eu me recriei para o amor no meu silêncio interior
Que um dia me neguei conhecer na íntima pintura do meu ser!
Poema dedicado a minha amiga e grande pintora em grafite, Mirian Lima em especial carinho e amizade.