Os sobrados de crepúsculo e maresias
Quietude longa, derradeiro fulgor do azul vazio.
Reacende as águas, desspe-se o silêncio.
Ferrugens florescem num velho navio.
Acúmulo de formas, fluxos opacos em carmesim.
O crepúsculo pelas bordas da noite.
Cenas distantes convergindo assim.
Sombras dedirróseas nas nuvens flores de lis.
O mundo parou num lugar desabitado
Retribuído de horizontes e gris.
Palidez dos enganos chegou sonhando
E o tempo deixou tudo manchado.
E o vento das maresias passou lufando...
Por entre as grades do portão e dos sobrados