DESCRENÇA
Francisco de Paula Melo Aguiar
O universo é treva e pluma do luar
Do céu de estrelas que baixam a fronte
E o sol em prantos some no horizonte
Em fuga louca para se esconder no mar.
A onda chora para manipular a flor que soluça
Enquanto a ave perde a mania do cantar saudoso
Vendo o dia terminar triste na carapuça
Do manto noturno impiedoso.
O Id, ego e superego humano é intransigente
Em cada ser submerso do universo entre as orgias
Que vive a mentir e rir da natureza onipotente
Dona do céu, terra, mar, ar e não das covardias.
E é porque se ouve falar da sua existência
Na história bíblica do verdadeiro Messias
Cantada em verso e prosa, resiliência
Geram crenças, descrenças e desarmonias.